Simbologia


"Em termos de poderio militar e econômico, os ataques de 11de setembro não significaram praticamente nada. Houve o fim da inviolabilidadedo território americano, mas, isso não parou a economia. OS EUA continuam sendoo país mais poderoso do mundo. Do ponto de vista simbólico, o que nóspoderíamos extrair do atentado é de que o império cai por si mesmo. Está numlento ou até em um lentíssimo processo de decadência, mas por si mesmo, pelaspróprias ações que os americanos tomaram quando se recusaram, ao fim da GuerraFria, a negociar a formação de um novo mundo. Foi a primeira vez em 200 anosque a extinção de um grande adversário não fez com que as grandes potências sesentassem pra discutir como seria o mundo".

Virgílio Arraes,professor de história contemporânea da UNB

"Abalou o imaginário coletivo, como evento mundial, pormeios das imagens vívidas, animadas, ao vivo e em cores, que podem serconsideradas as imagens do século XXI. Dificilmente alguma outra imagem poderásuplantar o impacto daquelas. E isto tem o poder de abalar crenças e fé, nocaso, a crença de que estamos todos protegidos e seguros pela estabilidade epelo progresso técnico e pela estabilidade econômica. Os investimentos parareparar os danos simbólicos (podemos dizer também 'danos morais'), são tãocustosos e ambivalentes que podem abalar ainda mais os fundamentos doimaginário de um ocidente de liberdade, segurança e paz"

Norval Baitello Jr,Doutor em Semiótica pela PUC-SP