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Secretarias de Turismo falam sobre estratégias
para atraírem visitantes em suas regiões
Por Christh Lopes | 18/12/2014 14:15 |
Diante do aumento da procura pelos destinos
nacionais, as Secretarias de Turismo têm ganhado
cada vez mais relevância nos últimos anos. Não
é à toa que os governos estaduais e municipais
têm criado projetos de comunicação para atrair
a imprensa, e de quebra, turistas e mais investimentos
para a sua região.
O
Brasil teve bons exemplos desses projetos com
a Copa do Mundo, e mais recentemente, com os
preparativos para as Olimpíadas de 2016. No
Rio de Janeiro (RJ), por exemplo, destino famoso
por suas belezas naturais, há diversos projetos
de marketing para fomentar o turismo local.
Segundo Alexandra Mato, responsável pelo planejamento
de comunicação do Estado, a Orla de Copacabana,
por exemplo, “é um shopping de atrativos turísticos”.
Crédito:
Arquivo Pessoal
Alexandra
Mato é diretora de Comunicação Social da
Secretaria de Estado de Turismo do Rio de
Janeiro
Ela é responsável pela divulgação de 92 destinos
na região, e para isso, tem preparadas notas
e releases que dispara diariamente mundo afora.
A ideia é simples: evidenciar pontos que ainda
são desconhecidos pelos turistas e que têm potencial
para atrair multidões. A jornalista explica
que cada região tem um “gancho” diferente e
atende às necessidades de cada lugar. As cidades
do interior, por exemplo, possuem um amplo calendário
de eventos e festividades que fomentam o turismo.
Muito
tradicionais no passado, as chamadas press
trips, (viagens de imprensa), deixaram
de servir como estratégia de comunicação. “Nos
últimos anos percebemos que, pela atual estrutura
das redações, compostas por poucas pessoas,
a elaboração de press
trips era uma tarefa árdua que nem sempre
dava o retorno esperado”, destaca Alexandra.
À
beira mar
Outro
destino que sempre chama a atenção do turista
é Maceió. Agraciada por paisagens paradisíacas,
o município do leste alagoano figura entre as
preferidas pelos brasileiros. Para mostrar as
suas vantagens diante das “rivais”, a cidade
utiliza principalmente campanhas publicitárias
nas mídias de massa, como televisão, rádio,
internet e impresso.
Crédito:Divulgação
Capital
do Alagoas, Maceió é destino certo para
quem busca praia e calor
Os investimentos no digital, aliás, têm crescido,
principalmente, em hotsites e sites de promoções.
O objetivo é atrair novos turistas nacionais
e internacionais. Um case de sucesso das ações
foi a postagem de mega-banners no Aeroporto
de Brasília, ponto estratégico de conexões de
voos para todo o Brasil. Em outra frente, aparecem
as tradicionais festividades de Carnaval e São
João, já consolidadas no local.
Escolhida
como sub-sede na Copa do Mundo, a cidade seguiu
com a sua aposta na plataforma digital e aproveitou
a estadia da seleção de Gana para dar boas vindas
aos jogadores. Entre as ações, ganharam destaque
o site “Maceió na Copa”, disponível em português,
alemão e inglês (idiomas principais dos países
que disputaram jogos com Gana) e táticas nas
mídias sociais sobre o país africano, seus vizinhos
e adversários.
No
período de janeiro e fevereiro, outro carro-chefe
é o “Maceió Verão”. O festival acontece à beira
mar, e conta, além de uma paisagem paradisíaca
da orla, com diversas personalidades. “Para
driblar a ‘mesmice’, apostamos na participação
de artistas de renome nacional e a valorização
total aos artistas de nossa terra”, destaca
em nota seu departamento de comunicação.
Esporte
e cultura
No
sul do País, Foz do Iguaçu, no Paraná, é outra
região de grandes atrativos. A terra das cataratas
e de cachoeiras tem como secretário Jaime Nelson
Nascimento, que cuida do marketing do município.
“Foi realizado um grande esforço para eleger
as Cataratas com uma das Sete Maravilhas da
Natureza, proposta pela Fundação New Seven Wonders”.
Crédito:Divulgação
Ouro
Preto, em Minas Gerais, se destaca pela
história e cultura
A conquista trouxe visibilidade e mídia espontânea,
mas a cidade também tem procurado apoiar eventos
esportivos, como os X-Games, o Triatlon, Standup
Paddle, Canoagem, entre outros. “O investimento
necessário para atingir esta exposição na mídia
é incalculável. No caso dos X-Games, que aconteceu
dentro Parque Nacional do Iguaçu, próximo das
Cataratas, tivemos dezenas de horas de transmissão
ao vivo para milhões de assinantes do canal
ESPN”, destaca Nascimento.
Segundo
o responsável pela comunicação do município,
o destino também é muito procurado por jornais,
programas de TV e revistas para servir de cenário
para algumas gravações ou fotografias. Outro
cenário que costuma atrair locações, sobretudo,
de TV e cinema, é a mineira Ouro Preto. Com
mais de 400 eventos por ano, a cidade trabalha
com festejos populares de tradição e arquitetura
de grande magnitude para atrair turistas.
Sua
paisagem atrelada à história e a cultura local
despertam naturalmente o interesse pelo destino.
“A busca por diversidade é uma preocupação quando
preparamos nossos grandes eventos”, diz a secretaria
de turismo local. Primária na profissionalização
do turismo e marketing, a cidade concentra os
seus esforços para se promover como destino
consolidado para que seja reconhecida como maior
conjunto homogêneo de arquitetura barroca do
mundo, algo que a Unesco já atendeu.
O
lema é "ser visto para ser lembrado",
ou a cidade pode entrar, conforme dizem, em
abandono. Essa iniciativa gerou novos contatos
de imprensa e do setor privado, além de criar
privilégios e o retorno tanto das autoridades
quanto de agentes de viagens. No âmbito da comunicação,
a pasta organiza press-trips,
mas planeja torná-las mais eficientes.
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Autor de um guia sobre metrô britânico,
Rodrigo Rodrigues planeja novas edições
Por Christh Lopes | 16/12/2014 14:15 |
Imagine conhecer uma cidade
que seja ligada por estações de metrôs em toda
a sua extensão. Agora, pense que para cada passagem
há um ponto turístico. Por um instante, vislumbre
ainda que diante dessa relação exista uma música
apropriada que funciona como fundo sonoro para
chegar àquela atração que queira ver. Quando
viajou a Londres, no Reino Unido, o jornalista
Rodrigo Rodrigues pensou em tudo isso e achou
que não era o único, mas ninguém tinha aprofundado
essa reflexão.
Crédito:Divulgação
Rodrigo
Rodrigues lança guia dos metrôs de Londres
Não havia um
guia que explicasse ao turista o roteiro do
underground britânico. Talvez, achassem que
seria a coisa mais óbvia do mundo. “Senti a
necessidade de um guia que mostrasse a cidade
através do metrô e vi que não existia… resumindo:
fiz o livro que gostaria de ter comprado antes
de ir pela primeira vez a capital inglesa”,
conta. Ali, temas como cultura, esporte e música
são pinçados para identificar os museus e símbolos,
como também os parques, shoppings, estádios,
e as mais variadas programações da cidade.
ESTAÇÃO
POR ESTAÇÃO
Guitarrista
e idealizador de uma banda especializada em
trilhas de cinema, Rodrigues tem o faro preciso
para proporcionar uma narrativa que envolva
o leitor. “Selecionei 40 estações e escrevi
sobre as atrações mais próximas de cada, incluindo
um pouco de tudo: turismo clássico, compras,
gastronomia, esporte e mais; quando é o caso,
cito curiosidades da estação ou de alguma locação
em especial”, diz ele, que, tem acumulado 20
anos no jornalismo veiculado nas mais diversas
plataformas disponíveis.
A mistura de
tradição e modernidade passa por Rodrigues,
que escreve, como um almanaque repleto de histórias,
os motivos pelos quais cada coisa é de um jeito.
Isso é resultado de um trabalho de dois meses
passeando pela cidade, andando de metrô, cerca
de dez horas por dia, apurando, entrevistando
e fotografando o que via de interessante a cada
viagem sob os trilhos britânicos. “Todas as
imagens do livro foram feitas com o meu iPhone
5s”, revelou o jornalista.
Crédito:Divulgação
Londres
vista por baixo é a proposta do escritor
Ainda sim, em
paralelo com as idas e vindas no transporte,
se dedicou a acompanhar filmes, documentários
e conteúdos sobre o objeto estudado. Para se
ter ideia, foram consultados cerca de 15 livros,
além de livros, guias e publicações sobre a
história do trem londrino. Claro que, para tudo
isso, era preciso contar com o apoio de entidades
de organizações. Uma, na verdade. É um órgão
chamado de “Visit Britain”, que fez suporte
para Rodrigues tanto no Brasil quanto na Inglaterra.
Trata-se de
uma agência nacional de turismo, para promover
a cidade para o mundo. Há uma página oficial,
em português, para quem desejar conhecer mais.
No Brasil, o apresentador afirma que utilizou
o metrô mais no Rio de Janeiro (RJ). Carioca,
via como opção para se deslocar pela cidade,
apesar das poucas estações. Problema semelhante
encontrado em São Paulo. “Nunca trabalhei perto
de alguma estação, uso eventualmente para ir
ao centro”, declarou ele, que prefere não comentar
o serviço nacional.
MARCO
HISTÓRICO
Um dos fatores
que motivou o jornalista a escrever o guia foi
descobrir que Londres, no Reino Unido, possui
o sistema de metrô mais antigo do mundo. “Foi
inaugurado em 1863 e inspirou todos os outros
mundo afora, inclusive no jeito de mapear as
estações”, relata. Dizem que o sistema de mapa
de trilhos paulistano foi inspirado no modelo
inglês.
“Falando nas
‘stations’, um caso curioso é de uma que foi
desativada (Aldwych) e acabou virando espaço
de eventos… imagina que diferente alugar uma
estação abandonada pra fazer uma exposição?”,
conta. Essa informação, assim com outras, estão
disponíveis no guia, que pode virar uma série
de televisão a ser dividida em 13 episódios.
Mas o mais bacana é que o trabalho poderá ser
desenvolvido em novas metrópoles.
O autor afirma
que tem a pretensão de produzir mais guias com
o mesmo formato. “Sim, Paris e NYC estão na
fila”, finaliza.
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Site promove cultura africana contrariando a pecha
do “coitadismo”
Por Danúbia Paraizo | 15/12/2014 14:15 |
Se a primeira coisa que vier à sua cabeça quando
pensar nos países da África for pobreza, guerra
civil, tambores e leões correndo livres pela selva,
provavelmente você não é o único. E foi justamente
para fugir desse lugar comum que a jornalista
Flora Pereira e o designer Natan de Aquino resolveram
fazer uma imersão na cultura local e mostrar um
lado que passa desapercebido na imprensa ou é
romantizado na literatura. destinos.asp#20141215
(Destinos) destinos.asp#20141215 ===========================
Se a primeira
coisa que vier à sua cabeça quando pensar nos
países da África for pobreza, guerra civil,
tambores e leões correndo livres pela selva,
provavelmente você não é o único. E foi justamente
para fugir desse lugar comum que a jornalista
Flora Pereira e o designer Natan de Aquino resolveram
fazer uma imersão na cultura local e mostrar
um lado que passa desapercebido na imprensa
ou é romantizado na literatura.
O resultado
dessa imersão pode ser acompanhado no Projeto
Afreaka, site de jornalismo independente dedicado
à promoção de iniciativas culturais que contradizem
os estereótipos de uma África passiva e sem
expressividade. Para isso, os autores fizeram
duas grandes viagens ao continente – uma em
2012 e outra em 2013 - visitando 16 países.
“Comecei a ver
como essa versão estereotipada causava danos
sociais, no sentido que você cria um preconceito
e um sentimento de superioridade. Passa a ter
pena dos que passam fome na África, mas não
reconhece a cultura ativa, protagonista que
existe lá”, defende Flora, que financiou a expedição
por meio de crowdfunding.
Crédito:Divulgação
Natan
de Aquino e Flora Pereira em campo
O Afreaka traz
mais de 100 reportagens e imagens inéditas,
além de vídeos e uma seção de turismo em que
os autores fazem um contraponto entre as sugestões
dos guias de viagens e das dicas dos próprios
autores, para os que desejam ter uma experiência
mais genuina nos lugares visitados.
“Os guias são
voltados para o turismo bolha, que você não
se envolve diretamente com a cultura. Lembro
que em Burkina faso foi onde eu mais apreciei
a culinária, mas ela é baseada em comida de
rua. E os guias só falam de restaurantes turísticos,
de comida continental, ou seja, que você encontra
em qualquer lugar. Procuramos dar dicas de como
se envolver. Não ser apenas um turista que olha
de cima, mas que participa”.
Outro clichê
recorrente são as indicações de safáris, mais
comuns na região Sul do continente, onde há
mais parques e reservas naturais. A jornalista
explica que os guias às vezes pecam por recomendar
passeios tão parecidos e se esquecem de mostrar
um pouco da cultura. Ela se recorda de sua passagem
pelo Zimbábue, onde visitou uma “plantação”
de esculturas em uma fazenda. Eram milhares
de estátuas colocadas em cima de tocos de madeira.
Para jornalista,
o problema de fazer os chamados passeios “bolha”
em visita ao continente é o risco de reforçar
mais os estereótipos e ainda por cima propagá-los.
Como exemplo, ela se recorda de um casal de
brasileiros que conheceu antes de viajar. Eles
mostraram uma foto de prédios abandonados em
Maputo para ilustrar como o país era pobre e
feio. “Na hora a gente se questionou se era
tudo aquilo mesmo. Nada do que mostraram a gente
já não tinha visto no centro de São Paulo”.
A grande surpresa
de Flora quando chegou em Maputo, foi visitar
exatamente o mesmo lugar da foto, e perceber
que ao lado do prédio abandonado havia uma igreja
da década de 1920, com referências ao modernismo,
uma biblioteca de quatro andares e uma praça
arborizada.
“Foi marcante,
porque sem querer as pessoas vão à Africa para
confirmar o que elas já sabem, ou acham que
sabem. De todos aqueles ângulos, o casal resolveu
uma tirar foto da pobreza e confirmar um estereótipo.
Acontece muito isso, seja com turistas ou com
jornalistas”.
Já está no
ar o especial "O turismo em pauta no Brasil".
Para acessar e ler o conteúdo completo,clique
aqui.
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Fotógrafo viaja pelo mundo oferecendo o próprio
trabalho em troca de hospedagem
09/12/2014 - Por Lucas Carvalho |
O australiano Shantanu Starick decidiu que queria
viajar e fotografar o mundo “sem a distração
do dinheiro”. Por isso, ele montou um projeto
chamado Pixel Trade, oferecendo o próprio trabalho
para empresas, serviços e pessoas físicas do
mundo inteiro. O preço? Comida e um lugar para
dormir.
Após
quase três anos, Shantanu já passou por cinco
continentes e realizou 185 “trocas”, como ele
chama os trabalhos. Atualmente ele está na Irlanda
e, até agora, diz que não gastou um centavo
com a iniciativa. Conforme o projeto se desenvolvia,
porém, mudar-se rapidamente de um lugar para
o outro deixou de ser o principal motivador.
“No
começo, era incrivelmente excitante e estimulante.
Com o passar dos meses, entretanto, eu me peguei
apreciando os lugares por onde eu passava por
um período maior”, explica o fotógrafo. “Eu
costumava sonhar em viajar o tempo todo, mas
hoje eu gosto de me estabelecer por mais tempo.
Faz as coisas ficarem em equilíbrio.”
Crédito:
O
australiano Shantanu Starick viaja o mundo por
meio de "trocas"
Segundo
Shantanu, as trocas não envolvem a mínima quantidade
de dinheiro. O responsável por contratar seus
serviços como fotógrafo custeia a hospedagem
e, no caso de uma mudança de um país para outro,
a passagem de avião. Sem obter lucros e sem
qualquer outro gasto, o fotógrafo afirma que
questões financeiras “simplesmente não existem”.
Para
quem sonha com uma vida viajando pelo mundo,
Shantanu alerta: “O lado ruim é que te deixa
completamente esgotado. Pode afetar sua criatividade
e te deixar louco se não for cuidadoso. Pessoalmente,
afeta meus níveis de energia e paciência. É
importante ter um pouco de tempo para mim mesmo.
De outro modo, acho que pareço um zumbi para
os outros”, diz.
Mas,
por outro lado, a constante mudança também traz
benefícios. Shantanu diz que hoje é muito mais
“alerta” e consegue enxergar coisas que os habitantes
locais de seus destinos não enxergam. “O que,
eu acho, é também a razão pela qual eu fico
tão exausto”, completa. Mas, ainda assim, mesmo
sem lucros ou um “plano de carreira”, o projeto
compensa.
“A
melhor parte é poder fotografar tantos assuntos
diferentes para tantos tipos diferentes de pessoas
e empresas. Tenho muito interesse em diversas
coisas, não em especializar-me em uma só. As
relações que estabeleço em minhas trocas são
amizades, então eu tenho uma quantidade incrível
de amigos espalhados pelo mundo. É o que eu
sempre quis fazer”, finaliza o fotógrafo.
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“Com bom humor, jornalista americano ensina
turista brasileiro a se comportar em Nova York”
11/12/2014 - Por Jéssica Oliveira |
Se
você está de malas prontas para Nova York e
não tem amigos na cidade para te ajudar a poupar
tempo ou evitar um baita mico, seus problemas
acabaram. Antes do check in, abra o YouTube
e digite “Amigo
Gringo”. No canal, o jornalista americano
Seth Kugel, autor de mais de 400 colunas de
turismo para o jornal The
New York Times, oferece várias dicas
para brasileiros que vão a NY.
Com
bom humor e em português, nos vídeos ele vive
um turista brasileiro em situações comuns pela
cidade e diz claramente o que é ser legal e
o que é ser “babaca”.
“O
viajante não precisa de mais um guia turístico.
É realmente como se eu fosse seu amigo, dou
dicas de como se comportar, explico as diferenças
culturais. Não tem lado certo nem errado. O
turista tem que chegar com a mente aberta. Muitas
dicas servem para vários outros países, mas
a minha experiência é com o Brasil, é o que
eu conheço”, explica ele que morou no país
Desde
que estreou, no dia 8 de outubro, o canal já
tem oito vídeos: “Como
se comportar no metrô de Nova York”, “Cuidados
para tomar emNova York”, “Como
utilizar o joinha em NY”, “Como
pedir bagels em NY”, “Furadas
de pontos turísticos em NY”, “Quais
as cadeias de lojas e restaurantes que valem
a pena em NY”, “Como
funciona a gorjeta em NY” e “O
que vestir para não parecer um turista em NY”.
“Quando
chega o trem, sempre deixe todo mundo sair primeiro
do vagão. Em São Paulo e no Rio de Janeiro,
o brasileiro, normalmente bem simpático, vira
um puta babaca e tenta entrar no trem antes
das pessoas saírem, atrapalhando todo mundo
e atrasando todo mundo”, diz ele no primeiro
vídeo.
O
convite partiu da Rede Snack, uma start up que
faz canais no YouTube, e foi de encontro a coisas
que já interessavam ao jornalista, como viagens,
diferenças cultural e vídeos. Ao lado de Eric
Hinojosa (seu colega na empreitada, que aparece
nos vídeos), ele faz em média dois vídeos a
cada dia de gravação.
Os
temas são inspirados na sua experiência no Brasil
e em sugestões, dúvidas e reclamações que recebe
e responde pelas redes sociais. “Diferenças
culturais é um tema sensível. Mas eu faço minha
coluna assim, com bom humor. As pessoas vão
gostar ou não, mas acho que é uma forma de diferenciar
de um guia normal”.
Saudade
do Brasil
Nos
dois anos que morou em São Paulo (SP) e nas
visitas que fez depois ele viajou bastante,
conheceu todos os estados menos Tocantins, Acre
Espírito Santo e Roraima. “Fiz matéria no litoral
do Piauí, quatro viagens de barco, conheci o
Amazonas, passei mais tempo do que queria em
Brasília, adoro Minas Gerais... Hoje, metade
dos meus amigos do dia a dia são brasileiros”,
conta.
Nas
andanças pelo país, Kugel aprendeu muito sobre
“o jeitinho brasileiro” e chegou à conclusão
de que as diferenças culturais são positivas
– pelo menos a maioria. “Não sinto falta da
burocracia. Para abrir uma conta de luz é um
dia inteiro. Você leva todos os documentos,
chega lá e ainda falta um. E também é muito
difícil saber se você realmente marcou alguma
coisa com alguém ou se era só conversa”.
Esses
pontos, no entanto, são pequenos perto das coisas
que gostou e que não vê a hora de reencontrar.
“Prefiro estar num bar com cinco brasileiros
desconhecidos do que com cinco amigos americanos.
O brasileiro sabe se divertir, é bom com bate
papo, é caloroso. Então são as pessoas que fazem
falta. Não é a comida, não são as paisagens.
Ah, talvez farofa! Isso: número 1, amigos, número
2, farofa”.
Na
galeria abaixo, confira imagens dos bastidores
de “Amigo Gringo” e do jornalista viajando pelo
mundo.
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