Assessora de Comunicação – Corporativa
ISABEL CLAVELIN
(ONU Mulheres Brasil)
Assessora de Comunicação na ONU Mulheres Brasil
Claudia Buzzette Calais
(Fundação Bunge)
Cristiane Santos
(Pfizer)
 
 
Kátia Gianone
(Microsoft)
Leandra Peres
(B3)
 
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Qual é a importância para você deste reconhecimento coletivo, por meio do Troféu Mulher IMPRENSA?

O jornalismo é uma profissão com maioria de mulheres. Contudo, no exercício da profissão, é comum nos deparamos com obstáculos muito concretos que impedem o desenvolvimento das profissionais na sua diversidade racial e geracional. Estes obstáculos estão baseados no racismo e no sexismo que geram condições e ambientes de trabalho adversos, conflituosos e violentos à presença de mulheres jornalistas, o que significa, para muitas, exposição a assédio moral, assédio sexual por parte de colegas e fontes, desvantagens em oportunidades de trabalho, dificuldades de ascensão profissional e até mesmo exclusão da profissão. Hoje, existe mais consciência das mulheres jornalistas acerca dessa realidade, a qual esteve silenciada e oculta pelo fato de racismo e machismo terem sido considerados assuntos tabus na profissão. Na medida em que os feminismos estão em afirmação pública, isso também propiciou avançar nos debates no jornalismo como profissão sobre a condição de gênero. Entretanto, as mulheres jornalistas são plurais, logo, gênero precisa ser articulado com raça e outras identidades. A visibilidade do sexismo e do racismo é um prenúncio da mudança, porque expor problemas é a maneira mais eficiente de construir soluções e eliminar práticas opressivas. É tempo de unir esforços em favor de ações inclusivas por parte da própria categoria profissional, das empresas e dos públicos com os quais nos relacionamos para efetivamente construirmos a equidade de raça e de gênero no jornalismo brasileiro. Ao exaltar a trajetória de mulheres jornalistas, o Portal IMPRENSA se coloca como parceiro ativo nesta mudança necessária para a eliminação do racismo e do sexismo no jornalismo e para a promoção da igualdade de condições e oportunidades na profissão.

Quais são os caminhos para fortalecer o jornalismo feito por mulheres, em meio aos ataques e ofensas nas redes?

Reconhecer o trabalho feito por mulheres jornalistas é um passo decisivo para promover a igualdade de gênero e raça e eliminar o patriarcado e o racismo, que valoram o trabalho das mulheres como menor. Embora hoje tenhamos mais mulheres no jornalismo, nós, mulheres negras ainda somos minoria por ação do racismo. A prevalência da estética da branquitude, que ainda impede oportunidades de trabalho para as mulheres negras jornalistas. Os ataques às mulheres jornalistas e agressões têm crescido nos últimos anos como forma de interditar as mulheres da profissão, perseguindo-as e intimidando-as publicamente por ação orquestrada de grupos sexistas e racistas. A rigorosa punição a essas práticas é o que precisa nos unir nos próximos anos, para que as mulheres possam desfrutar da liberdade de expressão e informação no campo do jornalismo.

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