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Qual é a importância para você deste
reconhecimento coletivo, por meio do Troféu Mulher
IMPRENSA?
Em 25 anos de carreira essa foi a minha primeira indicação
a um Troféu cujo valor simbólico é
imenso. Esse prêmio nos representa. Em tempos
tão sombrios para o jornalismo e, sobretudo,
para nós, jornalistas, ser reconhecida publicamente
pela luta em defesa dos direitos da mulher e da sociedade
fez valer a pena todo o caminho percorrido para chegar
até aqui. E o bonito disso tudo é perceber
que cada colega indicada nessas 14 edições
construiu a sua história no esforço de
dar voz e visibilidade a quem não tem.
Quais são os caminhos para fortalecer
o jornalismo feito por mulheres, em meio aos ataques
e ofensas nas redes?
O fortalecimento do nosso ofício passa, principalmente,
pela insistência em continuarmos a fazer jornalismo
de qualidade, única forma de sustentação
da democracia. Enquanto a violência é a
arma dos ignorantes, a nossa arma é a potência
da palavra. O projeto de intimidação da
imprensa e tentativa diária de destruir carreiras,
colocando em xeque a credibilidade de quem denuncia,
só revela o tamanho do medo de quem tem muito
a esconder. Precisamos traçar estratégias
de proteção e criar uma rede de resistência
e apoio mútuos. Juntas teremos mais fôlego
para continuar a construir um projeto de Brasil mais
solidário, justo e humano.
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